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Destaques
 
 

 

 
A cidade do capital

Henri Lefebvre.
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Em A cidade do capital, traduzido do original La pensée marxiste et la ville, Henri Lefebvre faz uma análise profunda dos escritos de Marx e Engels relativos ao problema da aglomeração urbana. O autor oferece um instrumental heurístico importante para as análises dos mecanismos de democratização da cidade, ao apresentar uma densidade teórica incomparável nos estudos urbanos.

 
 

 

 
A identidade cultural na pós-modernidade

Stuart Hall.
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O homem da sociedade moderna tinha uma identidade bem definida e localizada no mundo social e cultural. No entanto, uma mudança estrutural está fragmentando e deslocando as identidades culturais de classe, de sexualidade, de etnia, de raça e de nacionalidade. As velhas identidades, que por tanto tempo estabilizaram o mundo social, estão em declínio. Se antes elas eram sólidas localizações, nas quais os indivíduos se encaixavam socialmente, hoje se encontram com fronteiras menos definidas, o que provoca no indivíduo uma “crise de identidade”.

 
 

 

 
A magia do circo:
Etnografia de uma cultura viajante

Gilmar Rocha.
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O antropólogo Gilmar Rocha faz uma grande viagem e leva o leitor a descobrir como é o cotidiano do Grande Circo Popular do Brasil (Marcos Frota Circo Show), que hoje é um dos principais exemplos brasileiros do chamado “novo circo”. Esse conceito diz respeito a uma nova forma de fazer o espetáculo, que mescla elementos de tradição e de modernidade, os quais o autor expõe ao longo do livro.

 
 

 

 
A memória das coisas: ensaios de literatura, cinema e artes plásticas (.ePub)

Maria Esther Maciel.
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Compilação de ensaios escritos entre 1999 e 2003, publicados esparsamente em revistas e jornais do Brasil e do exterior, acerca do uso criativo dos sistemas de classificação do mundo por parte de escritores, cineastas e artistas contemporâneos. Jorge Luis Borges, Peter Greenaway, Arthur Bispo do Rosário, Georges Perec e Carlos Drummond de Andrade são alguns dos autores de referência, os quais têm suas obras exploradas em sua pulsão colecionadora. Também se abordam, sempre a partir de um enfoque comparativo e transdisciplinar, questões sobre a interseção de literatura e cinema, a tradução criativa, a mesclagem de gêneros literários e a escrita poética. Foi um dos dez finalistas do Prêmio Jabuti de 2005.

 
 

 

 
A pequena escala:
Sebald e as mediações da memória

André Bueno.
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Nas análises de Austerlitz e Os emigrantes, o leitor encontrará vários exemplos dessas mediações da memória, que Sebald elabora sempre de modo indireto, por ensaios e aproximações, digressões e um também elaborado sistema interno de remissões e referências. Há motivo para essa posição: Sebald não tem nunca a intenção de chocar, de apresentar a violência e o horror de modo cru e direto, provocando impacto emocional, sempre acompanhado de algum nível de bloqueio cognitivo. Não é preciso exagerar o que já é horrível, com bem sabia Sebald, leitor de Benjamin. Sem forçar a mão, é possível dizer que as elaboradas mediações da memória são um procedimento central na prosa de ficção desse escritor alemão em tudo e por tudo avesso à estetização banal da violência, às exibições juvenis de vanguardismo tardio, às falsificações mais ou menos grosseiras no tratamento de problemas difíceis, aos efeitos também falsos do melodrama com seu cortejo gasto de truques.

 
 

 

 
Antropologia do conflito urbano: conexões Rio–Barcelona

Neiva Vieira da Cunha.(org.)
Leticia de Luna Freire.(org.)
Maíra Machado-Martins.(org.)
Felipe Berocan Veiga.(org.)
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En un mundo en el que las ciudades han sido puestas en venta, asusta el conflicto, espanta que, de pronto, afloren los descontentos por los contenciosos pendientes, los agravios no resueltos, las humillaciones mal soportadas. Frente a esa amenaza, los planificadores y los poderes políticos y económicos a los que sirven, ponen en escena ciudades desconflictivizadas, en las que todo lo que ocurre sea amable y previsible. Se espera que lo que atraiga al turista o al inversor sean espacios urbanos confortables, hospitalarios, sin sobresaltos.

 
 

 

 
Aprendendo com filmes:
O cinema como recurso didático para o ensino da geografia

Rejane Cristina de Araujo Rodrigues.
Fabio Tadeu de Macedo Santana .
Leopoldo Carriello Erthal .
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Um livro para quem ama cinema e reconhece na sétima arte inúmeras possibilidades de aprender. Aprender geografia, aprender história, aprender sobre diferentes culturas. Aprender objetiva e subjetivamente. Aprender com o filme e saltar para outros filmes, livros e links. E continuar aprendendo. Os autores analisam 10 filmes com o olhar atento do professor que amplia as possibilidades de aplicação do material em sala de aula.

 
 

 

 
As novas fronteiras do agronegócio:
transformações territoriais em Mato Grosso

Júlia Adão Bernardes.(org.)
Ève Anne Buhler.(org.)
Marcos Vinícius Velozo da Costa.(org.)
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Os textos, aqui reunidos, representam um estudo coletivo, valorizado pelo trabalho de campo, e produzidos por pesquisadores de diferentes titulações e saberes diversos. O livro trata de transformações econômicas que exigem uma leitura geográfica, considerando que o conceito de espaço é de grande valia para interpretar as estratégias modernizantes dos processos econômicos. Avalia situações concretas, explicita relações sociais que ameaçam outras formas de sobreviver. Nossa intenção com esta publicação é tornar mais transparentes as implicações de ordem socioespacial da expansão do agronegócio e seus determinantes, procurando identificar o novo padrão de acumulação e analisar o arranjo espacial no atual período técnico-científico-informacional.

 
 

 

 
As rosas e os Cadernos: o pensamento dialógico de Antonio Gramsci

Giorgio Baratta.
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No isolamento do cárcere, Gramsci estabeleceu uma rede de comunicação não apenas com o restrito mundo consentido pelas leis penais, mas principalmente com interlocutores virtuais e gerações futuras, mediante um diálogo permanente. Desse colóquio imaginado entregue nas geniais notas dos Cadernos derivou o que se revelaria uma assombrosa análise do mundo contemporâneo em suas faces mais complexas e contraditórias. Giorgio Baratta discorre sobre a obra gramsciana, estabelecendo um pertinente contraponto com as problemáticas maiores da atualidade. Isso faz com que os escritos do filósofo italiano interajam com autores como Stuart Hall, Edward Said, Etienne Balibar e Carlos Nelson Coutinho.

 
 

 

 
As subjetividades em revolta:
institucionalismo francês e novas análises

Heliana de Barros Conde Rodrigues.
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Este livro constrói a história da análise institucional francesa, em suas vertentes socioanalítica (René Lourau, Georges Lapassade) e esquizoanalítica (Gilles Deleuze, Felix Guattari). Diferentemente de outras formas de historicização de tipo positivista, anacronista ou hagiográfico, faz com que o institucionalismo emerja como singularidade em meio aos regimes de verdade, prática e subjetivação que marcaram a intelectualidade francesa no século XX, do pós-guerra ao início da década de 1980. Nesse percurso, configuram-se dois grandes períodos: o primeiro é dimensionado por um eixo horizontal que incita a uma escolha obrigatória entre os mundos do Leste (comunista) e do Oeste (capitalista), estendendo-se de 1944/45 a 1956; o segundo, por um eixo vertical que confronta o Norte (colonizador) ao Sul (colonizado), prolongando-se de 1955/56 a 1968. Esta última lógica abarca uma série de colonialismos externos (entre nações) e internos (entre racionalidades, idades, estatutos, classes, sexualidades, saberes, raças, gêneros etc.), culminando na grande recusa de Maio de 1968, com seus múltiplos efeitos epistemológicos, políticos e ético-estéticos. O institucionalismo francês pode, assim, ser apreendido como resultante da abertura teórico/prático/ética a esta lógica da revolta, a qual marca tanto a socioanálise quanto a esquizoanálise, que se diferenciam, outrossim, pela predominância respectiva do referencial dialético e da filosofia da diferença. As inúmeras camadas de que o presente livro é composto – literárias, artísticas, cinematográficas, partidárias, filosóficas, midiáticas, bélicas, teatrais, científicas, desejantes, profissionais, acadêmico-universitárias etc. – facultam, inclusive, o estabelecimento de uma comparação entre as duas vertentes, em que são analisadas suas contribuições e/ou limitações para a invenção de novas análises – desnaturalizadoras, transversalizantes e micropolíticas.

 
 

 

 
Caminhos investigativos III: riscos e possibilidades de pesquisar nas fronteiras

Maria Isabel Edelweiss Bujes.(org.)
Marisa Vorraber Costa.(org.)
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Em tempos de dissipação de limites, de movimentações em terrenos movediços, pesquisar nas fronteiras implica suspender as certezas, abdicar de rotas seguras e perder-se em regiões pantanosas, na expectativa de que isso permita fecundar ideias e projetos. A noção de limiar, ao sugerir riscos de aproximação com a instabilidade, indica, paradoxalmente, a possibilidade de sua ultrapassagem, a riqueza do delineamento de novos espaços, de inesperados territórios de poder, de outras formas de produzir saber e modos de ver. Ela é aqui tomada em sentido amplo, referindo-se a necessidades mutantes, ao surgimento de identidades visibilizadas em distintas geografias — territoriais, políticas, humanas e epistemológicas.

 
 

 

 
Com a taça nas mãos:
Sociedade, Copa do Mundo e ditadura no Brasil e na Argentina

Lívia Gonçalves Magalhães.
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No ano da realização da Copa do Mundo no Brasil e do aniversário de 50 anos do golpe civil-militar brasileiro, as discussões em torno das históricas relações entre futebol e política parecem ter ganhado maior retumbância. Foi assim também nas Copas de 1970, no México, vencida pela seleção brasileira, e de 1978, na Argentina, conquistada pela seleção da casa, quando os governos dos países das duas equipes campeãs foram acusados de usarem os Mundiais para fins políticos, em vista dos regimes civil-militares pelos quais passavam à época. Afinal, em meio às euforias dos campeonatos, partidas e conquistas dentro de campo, havia uma série de repressões, denúncias e torturas acontecendo no Brasil e na Argentina. Mas, ao mesmo tempo, as Copas do Mundo foram também um espaço de distintas manifestações sociais, que vão além da dicotomia apoio × resistência. Seria certo, então, afirmar que as Copas foram “ferramentas” utilizadas pelos governos das ditaduras brasileira e argentina?

 
 

 

 
Complexidade da educação física escolar:
Questões atuais e desafios para o futuro

Renata Osborne.(org.)
Carlos Alberto Figueiredo da Silva.(org.)
Roberto Ferreira dos Santos.(org.)
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A educação física escolar enfrenta muitos problemas no contexto educacional brasileiro e possui diversos desafios para o futuro, e por isso deve ser pensada como uma disciplina complexa e multifacetada. Esta coletânea de artigos propõe a sua análise de forma holística, e não de maneira isolada ou alienada. Os autores reunidos neste livro abordam questões sociais, culturais e ambientais, perpassando por reflexões e discussões sobre a precariedade da infraestrutura da educação física escolar, o crescimento e o desenvolvimento infantil, a educação integral, a educação inclusiva e inovações curriculares para a disciplina. Tratam, ainda, de esportes como o basquetebol, o futebol e o atletismo, da importância da prática de jogos esportivos com crianças, do potencial educativo das lutas marciais e do lazer pedagógico. Esse é um olhar que busca desconstruir a ideia de uma educação física voltada simplesmente para o incentivo à competitividade e ao chamado “esporte de rendimento”. Ou seja, a educação física escolar deve ser trabalhada em conjunto com outras disciplinas e contribuir de maneira prioritária para a formação de crianças e jovens, não apenas na parte física, mas principalmente na construção da cidadania.

 
 

 

 
Conflitos e construção coletiva:
a segurança alimentar e nutricional em questão

Susana Moreira Padrão.(org.)
Olivia Schneider.(org.)
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"A política de segurança alimentar e nutricional (SAN) brasileira é internacionalmente reconhecida por seu conjunto amplo de ações, cujas potencialidades e desafios são analisados ao longo dessa obra. Para além dos efeitos positivos na SAN, a experiência brasileira se destaca por seu processo participativo, capaz de acolher uma diversidade de sujeitos sociais. A relevância dessa ação política coletiva evidencia-se nas análises ofertadas pelos(as) autores(as), que indicam como esse conhecimento socialmente construído impulsionou propostas inovadoras para consolidar modos mais justos, saudáveis e sustentáveis de produzir, comercializar e consumir alimentos, sem desconsiderar os conflitos, os retrocessos e os problemas existentes. Tais reflexões vêm sendo construídas por meio de um debate acadêmico alinhado e compromissado com a perspectiva de consolidação da esfera pública. Portanto, as análises reunidas nessa obra assumem relevância ainda maior na atual conjuntura antidemocrática de desinstitucionalização de políticas públicas, pois reiteram o quanto os processos são tão importantes quanto os resultados de uma dada política. Especialmente em sociedades desiguais como a brasileira, tais processos são capazes de consolidar ou questionar os valores sociais perversos que contribuem para as violações ao direito humano à alimentação adequada. Cabe, portanto, compreendê-los e confrontá-los."
Luciene Burlandy

 
 

 

 
Copa do Mundo 2014:
futebol, mídia e identidades nacionais

Ronaldo Helal.(org.)
Édison Gastaldo.(org.)
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Após a Copa do Mundo de 2014, muitas coisas em que acreditávamos deixaram de fazer sentido. Por exemplo, a “tragédia” de 1950, nosso grande mito fundador como “país do futebol” (um jogo do qual somente os mais velhos têm registros na memória), perdeu boa parte de seu potencial dramático quando comparada com a humilhante derrota por 7 × 1, a que assistimos incrédulos em 2014, ao vivo e em cores. A “mística da camisa amarela”, nossa crença em que “com brasileiro não há quem possa” e no destino manifesto de glórias reservado ao futebol do Brasil, passou a parecer infantilidade, pensamento mágico, ingenuidade. Naquele jogo, algo se quebrou para sempre.

 
 

 

 
Culturas eXtremas: mutações juvenis nos corpos das metrópoles

Massimo Canevacci.
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Trata-se de uma rica oferta de imagens e materiais produzidos pelos grupos juvenis, com o objetivo de analisar as relações conceituais e comportamentais entre jovens, metrópole, mídia e consumo. Com base na metodologia do “gozo da diferença”, o autor frequenta interzonas urbanas nas quais estabelece um fluxo comunicacional direto com os sujeitos. Rave, piercing, techno, tatuagem, bodyscape, cut-up, ciberespaço, fanzine, videoarte — a cultura líquida escorre pelos desvãos da cidade, despercebida entre as grades enferrujadas do método acadêmico centralizado. O livro mostra como se dá a transformação do extremo no eXtremo e como é impossível compreendê-lo sem aceitar o que está fora da regra.

 
 

 

 
Das “técnicas” de fazer desaparecer corpos:
Desaparecimentos, violência, sofrimento e política

Fábio Alves de Araújo.
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Das “técnicas” de fazer desaparecer corpos é o resultado de um estudo socioantropológico que descreve e analisa as relações entre sofrimento, violência e política, a partir da experiência e da perspectiva dos familiares de vítimas de violência. Focaliza-se uma modalidade específica de casos e situações: o desaparecimento forçado de pessoas, e, portanto, a violação e a ausência dos corpos. Por meio das narrativas dos familiares dos desaparecidos, é possível acessar certas gramáticas morais e políticas em que categorias e temas como desaparecimento, desaparecido, vítima, familiar de vítima, morte violenta, favela, violência policial/estatal, milícia, “traficantes”, terror, luto, justiça, ação coletiva e espaço público emergem no processo de construção de uma teia de significados e sentidos.

 
 

 

 
De guri a cabra-macho:
masculinidades no Brasil

Marcio Caetano.(org.)
Paulo Melgaço da Silva Junior.(org.)
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As problematizações acerca das performatividades masculinas no imenso território do Brasil exigem, aos pesquisadores e pesquisadoras, as análises de redes complexas sobre as quais atuam forças externas — os femininos — e internas — as diversas formas de produção das masculinidades. A disputa no plano cultural é, fundamentalmente, um enfrentamento em torno da atribuição de significados e sentidos que também interpelam as formas como os sujeitos viverão ou verão os marcadores das masculinidades.

 
 

 

 
Édipo rei

Sófocles.
Donaldo Schüler.(Trad. e análise)
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Referência majestática da cultura ocidental, seja para analisá-la como reflexo do psiquismo humano, como o fez Freud, seja para atacá-la, ao modo de Deleuze e Guattari, a peça Édipo rei foi e é examinada, citada e referida em numerosos estudos, teorias e sistemas de compreensão do mundo. Nesta edição, Donaldo Schüler recria, diretamente do grego, a vivacidade teatral de Sófocles (496-406 a.C.), um dos grandes tragedistas da Antiguidade e um dos maiores teatrólogos do Ocidente, autor de mais de cem peças, das quais restam apenas sete. Em valiosa análise, dividida em seções que abarcam a totalidade dos versos, o tradutor esmiúça as características dos personagens e as circunstâncias que lhes guiam os passos.

 
 

 

 
Educação geográfica em foco

Augusto César Pinheiro da Silva.
Rejane Cristina de Araujo Rodrigues.
Maria Alice Alkmim Andrade.
Thiago Villela.
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Este livro procura levar aos professores de geografia do Ensino Fundamental e do Ensino Médio a constante reflexão sobre as suas bases pedagógicas e temáticas na produção dos saberes docente e discente. A autonomia profissional dos professores se faz, também, pela necessidade de eles buscarem instrumentos conceituais educativos que possibilitem uma (re)leitura competente do mundo, visto que as transformações espaciais ocorrem em uma velocidade cada vez maior.

 
 

 

 
Educação, cultura e comunicação nas periferias urbanas

Henrique Garcia Sobreira.(org.)
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“Este livro é constituído de catorze capítulos que abordam temas de grande interesse para profissionais de educação, em especial aqueles que lidam com questões das periferias urbanas. Os textos expressam análises empreendidas em dissertações de mestrado desenvolvidas no Programa de Pós-Graduação em Educação, Cultura e Comunicação da Faculdade de Educação da Baixada Fluminense, Universidade do Estado do Rio de Janeiro (FEBF-UERJ). Diferentes metodologias foram adotadas nas pesquisas relatadas, evidenciando diferentes possibilidades de investigação.”

Maria Isabel Ramalho Ortigão

 
 

 

 
Encontrar escola:
o ato educativo e a experiência da pesquisa em educação

Fabiana Fernandes Ribeiro Martins.(org.)
Maria Jacintha Vargas Netto.(org.)
Walter Omar Kohan.(org.)
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Um livro que se propõe a (re)pensar a escola pública e seus conceitos. Um livro que se dispõe a pensar a pesquisa como experiência e a propor que pensemos a escola e a universidade como tempo livre. E o que pode a busca de escola pública e da chamada skholé traçar como caminho para o pensamento?

 
 

 

 
Ensaios sobre Michel Foucault no Brasil: presença, efeitos, ressonâncias

Heliana de Barros Conde Rodrigues.
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A relevância adquirida pelo pensamento de Michel Foucault no Brasil contemporâneo é circunstância bem conhecida. A despeito disso, poucos têm se dedicado a investigar suas cinco visitas a nosso país, datadas de 1965, 1973, 1974, 1975 e 1976. Sendo assim, a autora desenvolveu a pesquisa “Michel Foucault no Brasil: presença, efeitos e ressonâncias”, cujos objetivos incluem o estabelecimento de uma “audiografia” da presença do Foucault-corpo no Brasil – análise do modo como ele aqui ocupou os espaços de fala –, bem como de uma “geo-epistemologia” – busca das condições geopolíticas de produção do saber – e de uma “cronobibliografia” das ideias de Foucault entre nós – exame analítico-crítico das temporalidades associadas à primazia conferida a determinados procedimentos, categorias, problemáticas e conceitos pelos intelectuais e militantes brasileiros.

 
 

 

 
Entre analisar e intervir na formação de professores

Rosimeri de Oliveira Dias.(org.)
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Este e-book é pensado na composição com as ideias dos livros que se inspiram no Abecedário de Gilles Deleuze (Fonseca, Nascimento & Maraschin, 2012) e com a técnica da colagem em pintura, que o próprio Deleuze anuncia no prólogo de seu livro Diferença e repetição. Então, o que temos aqui é uma composição ético-estético-política de ideias e práticas que expressam pequenos gestos de alunos e de professoras da universidade e da escola básica fazendo uma pesquisa-intervenção sobre formação inventiva de professores.

 
 

 

 
Escritas de si:
escutas, cartas e formação inventiva de professores entre universidade e escola básica

Rosimeri de Oliveira Dias.(org.)
Heliana de Barros Conde Rodrigues.(org.)
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Este livro é efeito de bons encontros de diferentes professores, pesquisadores e estudantes, e destes com o trabalho ligado à escola básica na luta por agenciar dispositivos que funcionem a favor de mudanças na formação de professores. Os textos aqui presentes mostram caminhos onde o encontro pode se transformar em acontecimento que privilegia o movimento e a transformação dos modos hegemônicos de existência. Escritas de si por meio dos modos de trabalhar, de constituição de diários de campo, em atos de pesquisar, em corporar, em insistir nas resistências da palavra, em nos enviar cartas, em experienciar correspondências entre nós no contexto escolar, na formação e na aprendizagem. Percursos que engendram buscas e que pretendem a abertura para outros encontros com práticas e sujeitos implicados com formas outras de fazer escola e formação.

 
 

 

 
Espaço e energia:
Mudanças no paradigma sucroenergético

Júlia Adão Bernardes.(org.)
Catia Antonia da Silva.(org.)
Roberta Carvalho Arruzzo.(org.)
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Compreender as mudanças no setor sucroenergético no contexto nacional, considerando a conjuntura atual marcada por diversas transformações econômicas, políticas e sociais que impactam a escala regional. Esse é o objetivo dos 18 pesquisadores reunidos neste livro, resultado do seminário “Reestruturação do setor sucroenergético brasileiro: novas e velhas espacialidades”, que ocorreu em 2012 na UFRJ.

 
 

 

 
Espaço geográfico e competitividade:
regionalização do setor sucroenergético no Brasil

Júlia Adão Bernardes.(org.)
Ricardo Castillo.(org.)
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Algumas das mais significativas transformações no uso do território brasileiro provocadas pela dinâmica recente do setor sucroenergético são identificadas, analisadas e interpretadas neste livro, à luz de uma teoria regional pautada na divisão territorial do trabalho e na competitividade geográfica.

 
 

 

 
Espaços sociais de formação educativa:
turismo, casa, escola e cidade

Maria Amália Silva Alves de Oliveira.(org.)
Rodrigo Rosistolato.(org.)
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Este livro apresenta o resultado de reflexões conjuntas, realizadas entre o turismo e a educação. É fruto de pesquisas empíricas que, considerando o debate clássico sobre os espaços sociais de formação educativa, propuseram recortes de realidade que ora privilegiaram reflexões pontuais sobre o turismo, ora sobre a educação. Além disso, reduziram essas fronteiras ao produzirem novas abordagens conceituais.

 
 

 

 
Estudos de pele

Floriano Martins.
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“Sacrifício” é o termo-chave na compreensão deste enigma literário, redigido entre a prosa, a poesia e a psicografia de ecos de um passado bíblico e horrendo — um altar de sacrifício em que corre o sangue de veias sobretudo femininas. Ester, Madalena, Maria, Marta, Raquel, Rute, Sara. Essas e outras vozes são referências fundamentais no texto. “Ao escrever este livro tive em mente a relação entre corpo humano e corpo da criação e, a todo instante, me perguntava: a linguagem reside em uma estalagem intemporal ou profana?”, indaga Floriano Martins, poeta, editor, ensaísta e tradutor. “Os estudos aqui esboçados mesclam piedade e terror como formas de dedução e sedução dos desígnios e artimanhas da espécie humana.”

 
 

 

 
Experiências na formação de professores:
memórias, trajetórias e práticas do Instituto de Educação Clélia Nanci

Inês Ferreira de Souza Bragança.(org.)
Mairce de Silva Araújo.(org.)
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Traduzir e resgatar um percurso que precisa ser contado: o do Instituto de Educação Clélia Nanci, patrimônio histórico e simbólico da formação de professores de nível médio do município de São Gonçalo, o segundo mais populoso do estado do Rio de Janeiro. Essa é a proposta deste livro, que narra as experiências, memórias, histórias, movimentos educativos e processos formativos de diferentes matizes na educação de docentes, no IECN, construindo resistências e (re)inventando outros modos de formar profissionais. Este livro, uma coletânea composta por vários fios de memórias, é um convite para adentrarmos os muros do Clélia Nanci, seus espaços e suas vozes – espaços esses que buscam promover encontros intergeracionais entre professores e jovens estudantes que tomam a experiência compartilhada como oportunidade de reescrever outras histórias e outras memórias. Em uma realidade cuja educação pública ainda encontra-se desprovida de grandes investimentos, o IECN, que em 2013 completou 50 anos, fortalece-se como espaço necessário – um oásis de produção de narrativas. Nesse contexto, o livro deseja construir uma experiência com o passado que potencialize o presente e os projetos de futuro para a formação docente.

 
 

 

 
Finnício Riovém

Donaldo Schüler.
Cristiane Löff.(Ilustr.)
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Adaptação para o público infantojuvenil de Finnegans Wake, de James Joyce, um dos livros mais intrigantes da literatura ocidental do século XX. Premiado com o Jabuti de 2004 por Finnicius Revém, tradução do mesmo romance, Donaldo Schüler empreende aqui exitosa reinvenção literária por meio da criatividade e da irreverência no trato com o léxico, mantendo o fio da fábula, os personagens e episódios centrais da história, sem abrir mão dos trocadilhos e dos neologismos: “Você está vendo aquele edifício? É feito de tijolos, ferro, cimento, vidro… Agora feche os olhos, o que você está vendo é um imagifício”. As ilustrações de Cristiane Löff compõem a obra em apurada sintonia com o texto.

 
 

 

 
Forrobodó na linguagem do sertão:
Leitura verbovisual de folhetos de cordel

Alberto Roiphe.
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Alberto explica: “É na leitura de folheto de cordel que se conhece outro folheto de cordel. Esses folhetos, como se viu, se inter-relacionam por meio da forma como os personagens se exibem, por meio dos instrumentos que usam, por meio do espetáculo que provocam. … O efeito estético sobre o leitor se amplia à medida que não se limita somente ao gosto pelo espetáculo por meio do aplauso ou da vaia, mas experimenta, em meio à oscilação entre a luta e a festa, assim como fazem o poeta e o artista, possibilidades poéticas de escolhas, provocações, comparações, irreverências, contradições, descobertas. Sem limites.”

 
 

 

 
Fotografia como fonte de pesquisa: da História da Educação à História de Trabalho-educação

Maria Ciavatta.et al.
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As fotografias evidenciam a aparência dos objetos, pessoas e fenômenos, sua representação. Mas estão ocultos os múltiplos processos sociais, as mediações que constituem o objeto representado na sua totalidade. O exercício de compreensão da fotografia como fonte de pesquisa, além dos dados básicos de identificação, contexto e análise dos aspectos formais, supõe conhecer os processos sociais que constituem a história real e seus relatos. Um outro aspecto da recriação dessa memória temporal (tempo como movimento no espaço), é a visão e a emoção de seus receptores. É nossa, também, com nossas experiências e expectativas, autores das análises do uso das fotografias como fontes de pesquisa, nas teses e dissertações do catálogo da Capes, que são objeto de estudo deste livro. Metodologicamente, não se trata apenas de descrevê-las, nem mesmo de fazer boas resenhas, mas de refletir e discutir sobre o uso das imagens fotográficas na historicidade revelada nos objetos empírico-documentais específicos, os diferentes temas e abordagens sobre a produção do conhecimento histórico: o movimento sindical, o trabalho ambulante, os espaços educativos e correcionais, o Mobral Cultural, as escolas profissionais , as expedições científicas, a fotografia e os fotógrafos, a história da educação e a história de trabalho-educação.

 
 

 

 
Globalização do agronegócio e land grabbing:
a atuação das megaempresas argentinas no Brasil

Júlia Adão Bernardes.(org.)
Samuel Frederico.(org.)
Carla Gras.(org.)
Valeria Hernández.(org.)
Gabriela Maldonado.(org.)
O início do século XXI marcou a chegada de uma nova safra de capitalistas na agricultura mundial. Trata-se da significativa presença do capital financeiro internacional, representado por diversos tipos de fundos 
(pensão, soberanos, hedge, endowments, private equity), corporações (bancos, seguradoras e empresas) e indivíduos de alta renda, sobretudo, nos países de maior dinamismo agrícola e com a disponibilidade de espaços para a expansão da agricultura moderna como o Brasil e a Argentina. Esse fenômeno se insere em uma dinâmica mundial de investimento em terra e na produção agrícola, decorrente, sobretudo, da significativa elevação dos preços dos alimentos ao longo da década de 2000 e da crise financeira de 2007–2008, no que se convencionou denominar global land grabbing.

 
 

 

 
Guarda-chuvas esquecidos

Antônio Mariano.
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Quem nunca perdeu um guarda-chuva nunca perdeu um amor. Guarda-chuvas esquecidos, novo livro do paraibano Antônio Mariano, resume esse extravio de ser que é o ato líquido da linguagem. Alguma coisa termina sendo esquecida no translado, na fala, no deslocamento do corpo da poesia. Essa porção olvidada, esse objeto deixado para trás na realidade, volta depois em poema. O poeta rouba de si para dar a si. Ler essa obra não é estar diante de uma única rua, um estilo apenas, mas de uma rodovia com inúmeras possibilidades de acesso. Traz um pouco de cada olhar musical: tropicalismo, bossa, jazz, samba, frevo, capoeira. Eclético como a oscilação emocional de cada leitor.

 
 

 

 
Guerrilha e revolução:
A luta armada contra a ditadura militar no Brasil

Jean Rodrigues Sales.(org.)
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O ano de 2014 foi marcado pelos cinquenta anos do golpe militar brasileiro e suas rememorações, além da recente divulgação do relatório final da Comissão Nacional da Verdade, que investigou as graves violações de direitos humanos ocorridas durante a ditadura. Nesse contexto de muitas matérias e pesquisas sobre esse período da história do Brasil, Guerrilha e revolução desponta como uma obra de papel fundamental.

 
 

 

 
História e imprensa: representações culturais e práticas de poder

Lúcia Maria Bastos P. Neves.(org.)
Marco Morel.(org.)
Tania Maria Bessone da C. Ferreira.(org.)
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Derivado de seminário homônimo realizado na Uerj, este livro desvenda a trajetória dos meios de comunicação e seus agentes desde o raiar do século xix até os dias atuais. Filiados a diversas instituições acadêmicas do país, os autores mapeiam as principais linhas de produção historiográfica voltadas para as relações entre estudos históricos e imprensa, levando em conta novas pesquisas documentais e recentes perspectivas teóricas e metodológicas de abordagem, surgidas no âmbito da renovação historiográfica das duas últimas décadas. É uma prova do movimento de renovação por que passam hoje os estudos de história política, ao passo que demonstra seu enriquecimento na esteira dos avanços da história cultural.

 
 

 

 
História escrita, história vivida:
movimentos sociais, memória e repressão política na ditadura militar brasileira

Jean Rodrigues Sales.(org.)
Luís Edmundo de Souza Moraes.(org.)
Marcos Luiz Bretas.(org.)
Abner Francisco Sótenos.(org.)
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Este livro tem como origem os resultados do projeto de pesquisa intitulado “O testemunho como janela: o perfil dos atingidos e a estrutura repressiva do Estado ditatorial no Rio de Janeiro a partir de testemunhos prestados à Comissão de Reparação do Estado do Rio de Janeiro”. Este projeto foi financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro, através do edital “Apoio ao estudo de temas relacionados ao direito à memória, à verdade e à justiça relativas às violações de direitos humanos”. Esperamos que sua leitura colabore com novas pesquisas a respeito da ditadura militar no Brasil, ao mesmo tempo que possa subsidiar debates sobre diversas construções e reconstruções da memória sobre esse período recente da nossa história. Em um momento no qual setores da sociedade defendem o retorno do autoritarismo, as reflexões sobre tais temas tornam-se cada vez mais urgentes e relevantes.

 
 

 

 
Imagens na educação em ciências

Carmen Irene C de Oliveira.(org.)
Lucia Helena Pralon de Souza.(org.)
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O objetivo deste livro é apresentar perspectivas de pesquisa que utilizam as imagens como objeto de reflexão no campo da educação em ciências. Há estudos que se ocupam da imagem fixa (fotografias, desenhos etc) em sua dinâmica nas diferentes práticas e materiais de ensino, ou em seu valor como documento para a história da área. Outros estão voltados para a imagem em movimento, preocupando-se, em grande parte, com a questão da leitura em sala de aula. E, ainda, estudos que abordam a relação entre as imagens e a educação com os meios de comunicação e as novas tecnologias. Mas é, sobretudo, sua implicação nos diferentes processos de ensino, de produção de conhecimento e de formação que sustenta a necessidade de discussões e pesquisas que versem sobre o modo como elas circulam nos diferentes materiais e espaços, e como elas nos permitem produzir sentidos.

 
 

 

 
Kairòs, Alma Venus, Multitudo: nove lições ensinadas a mim mesmo

Antonio Negri.
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Como inventar uma história do “materialismo contra o poder”? Antonio Negri desafia o predomínio do idealismo e do transcendentalismo para retomar a argumentação a partir de uma pergunta urgente: poderão os pobres decidir sobre o destino da humanidade e construir uma vida de homens livres? Com essa interrogação como pano de fundo, os ensaios passam pelo evento do conhecer e do nomear (Kairòs), pela nova forma de relação com o outro (Alma Venus) e pela multidão que experimenta seu potencial de liberdade (Multitudo). Nestes pensamentos escritos no cárcere, o autor propõe o materialismo como o “outro” irredutível do poder, ressaltando o surgimento das resistências e os fundamentos de uma constituição ética.

 
 

 

 
Linguística centrada no uso:
Teoria e método

Mariangela Rios de Oliveira.(org.)
Ivo da Costa do Rosário.(org.)
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Um livro técnico, para quem quer saber mais sobre linguística funcional, suas teorias e metodologias. Esta é uma coletânea composta por 11 capítulos, que traz reflexões teóricas e discute alternativas metodológicas no âmbito do funcionalismo em seu viés mais recente. Organizada por Mariangela Rios de Oliveira & Ivo da Costa do Rosário, docentes do Grupo de Estudos Discurso & Gramática, insere-se na nova vertente da pesquisa funcionalista, que, na interface com os estudos cognitivistas, destaca a intrínseca relação entre sentido e forma com foco nos contextos de uso.

 
 

 

 
Malandros, marginais e vagabundos: a acumulação social da violência no Rio de Janeiro

Michel Misse.
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O objetivo deste estudo é propor uma abordagem para os problemas envolvidos nas representações contemporâneas da violência urbana no Brasil, tomando a cidade do Rio de Janeiro, no final do século XX, como universo de pesquisa. Este estudo sustenta que a atual e abrangente percepção social de uma generalização da criminalidade violenta nessa cidade não começou apenas no anos 1980, mas antes, e que sua vinculação à extensão, organização e força de atração do tráfico varejista de drogas no Rio de Janeiro, exige uma melhor compreensão histórico-social das condições em que se deu a recepção à maior oferta de drogas a partir de meados dos anos 1970.

 
 

 

 
Metrópoles e invisibilidades:
da política às lutas de sentidos da apropriação urbana

Catia Antonia da Silva.(org.)
Andrelino de Oliveira Campos.(org.)
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Descortinar as invisibilidades das metrópoles; trazer luz aos invisíveis, aos excluídos da sociedade, marginalizados de alguma forma – é este o foco deste livro. Os invisíveis são aqueles muitos sujeitos que também contribuem na estrutura produtiva das cidades, mas que têm acesso dificultado aos direitos sociais e às políticas publicas, bem como não possuem lugar garantido no sistema de divisão do território em propriedades. Por não se encaixarem claramente em nenhuma parcela, costumam ser malvistos por grande parte da sociedade e não ganham a atenção das autoridades.

 
 

 

 
Mobilidade e superexploração do trabalho:
o enigma da circulação

Gil Felix.
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Em Mobilidade e superexploração do trabalho: o enigma da circulação, dando prosseguimento a investigações anteriores sobre as condições de constituição e reprodução social da pequena produção rural, por um lado, e, por outro, sobre as especificidades do exército de reserva nas formações dependentes, Gil Felix analisa processos sociais de mobilidade espacial e de circulação mercantil da força de trabalho a partir de dados de uma etapa de pesquisa realizada junto a trabalhadores de um grande projeto da indústria da mineração na Amazônia Oriental.

 
 

 

 
Modernização e território:
Entre o passado e o presente do Norte Fluminense

Júlia Adão Bernardes.(org.)
Catia Antonia da Silva.(org.)
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O estado do Rio de Janeiro está no centro da questão envolvendo a divisão dos royalties do petróleo e, nesse cenário, o Norte Fluminense entra em foco, já que é uma das principais regiões produtoras desse recurso natural no país. No entanto, também é uma das regiões fluminenses com mais sinais de contradições e desigualdades. Ao mesmo tempo que é uma das mais ricas quando se considera o Produto Interno Bruto (PIB), tem alguns dos piores indicadores sociais do estado. Tendo isso em vista, esta coletânea, organizada pelas geógrafas Júlia Adão Bernardes e Catia Antonia da Silva, traça um panorama das transformações espaciais em curso no Norte Fluminense, com enfoque na crise do setor sucroalcooleiro e na emergência de novos usos do território no contexto da modernização.

 
 

 

 
No rastro dos “cavalos do diabo”:
memória e história para uma reinvenção de percursos do paradigma do grupalismo‑institucionalismo no Brasil

Heliana de Barros Conde Rodrigues.
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Os andaimes que sustentam uma pesquisa histórica sobre o paradigma do grupalismo-institucionalismo no Brasil são trazidos à luz, neste livro, por uma não-especialista no campo da ciência das transformações do/no tempo. Frente aos desafios epistemológicos, éticos e políticos promovidos pela história oral, o texto percorre uma série de indagações, incluindo a formação do pesquisador, a permeabilidade entre saberes, os nexos e contrastes entre a voz e a letra, o caráter problemático do documento, as novas (e móveis) fronteiras da historiografia contemporânea, os limites dos esquemas explicativos, a noção de tempo histórico, as relações entre história e literatura e, em particular, o lugar da subjetividade nessa complexa trama. Um breve ensaio sobre a presença do paradigma do grupalismo-institucionalismo em Belo Horizonte, ao início dos anos 1970, funciona como experimentação metodológico-narrativa na construção, sempre inacabada, de uma história das lutas em torno da verdade, notadamente no campo psi.

 
 

 

 
Nova economia das iniciativas locais: uma introdução ao pensamento pós-global

Hassan Zaoual.
Michel Thiollent. (trad.)
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Examina, mediante o esboço de um paradigma em gestação nas ruínas da globalização, a problemática do desenvolvimento local, questionando os pressupostos econômicos, filosóficos e culturais do modelo neoliberal. Com base no conceito de sítio simbólico de pertencimento, propõe uma nova visão da economia e da gestão das iniciativas locais e de territórios. Modernidade e desenvolvimento deixaram de ser um modelo exclusivo a ser seguido por todos os povos. O novo conhecimento em construção sugere uma pluralidade de caminhos para os atores sociais conduzirem seus próprios destinos, com espírito empreendedor, mas respeitando a diversidade cultural e a ética de não violência.

 
 

 

 
O Brasil, a América Latina e o mundo: espacialidades contemporâneas – V. I

Aureanice de Mello Corrêa. (org.)
Márcio Piñon de Oliveira. (org.)
Maria Célia Nunes Coelho. (org.)
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Este livro é resultado do VII Encontro da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Geografia (Anpege), realizado em setembro de 2007 na UFF, em Niterói (RJ). Em meio a diferentes campos do conhecimento, busca-se uma estrutura que proporcione o debate científico e acadêmico em torno da categoria “espaço”. Do espaço da vida social e de sua reprodução cotidiana, articulada em diferentes escalas, ao das fronteiras e dos conflitos mundiais, nacionais e regionais e das grandes questões econômicas, políticas e culturais do mundo de hoje, examina-se a dimensão geográfica pertinente ou contingente e aponta-se para possíveis caminhos a percorrer e enfrentar.

 
 

 

 
O poder constituinte: ensaio sobre as alternativas de modernidade

Antonio Negri.
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Negri elucida o conceito de poder constituinte, caracterizando-o como a atividade produtora das normas constitucionais dos ordenamentos jurídicos e situando-lhe a genealogia nas ondas revolucionárias da modernidade. Da Renascença à Revolução Inglesa, da Independência Americana à Revolução Francesa, da experiência soviética aos horizontes das lutas contemporâneas, ele analisa, com abrangência, erudição e potência crítica, o pensamento de autores como Maquiavel, Harrington, Burke, Jefferson, os “federalistas”, Rousseau, Sieyès, Tocqueville, Marx, Lenin e, recorrentemente, Espinosa. O propósito é reivindicar uma “tradição anômala” no eixo Maquiavel-Espinosa- -Marx, com o recurso à contribuição de Deleuze e Foucault.

 
 

 

 
O poder da mídia no Brasil:
(Re)editando outras verdades

Bianchi Agostini Gobbo.(org.)
José Eduardo Pimentel Filho.(org.)
Max Alexandre de Paula Gonçalves.(org.)
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O Brasil não é uma ilha isolada no meio do mundo. A globalização implica a produção de conflitos em escala mundial, cujas causas se entrecruzam. Dilemas, como o desemprego que observamos no centro do sistema internacional, os Estados Unidos, e nas semiperiferias e periferias do sistema, como os casos de Grécia, Portugal, Brasil e Angola, só podem ser compreendidos na medida em que o processo global de produção capitalista é analisado, ou seja, as diversas situações problemáticas apontam para causas comuns, apesar das particularidades de cada caso. Entretanto, se há, por um lado, determinações gerais; por outro lado, há também que se analisar as particularidades, pois são suas nuanças e suas diferenças que podem permitir ações transformadoras mais eficazes.

 
 

 

 
O poder da sombra:
a face oculta da política

José Arruda Silveira.
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“Depois de dois enfartes, morreu infeliz e amargurado. A população de Montenegro parou naquele dia. A tristeza se abateu como uma nuvem sobre a cidade. Seu enterro provocou uma comoção geral. Poucos dias depois, um busto foi colocado no meio de uma praça, em frente à sua casa, com os seguintes dizeres: ‘Se alguma pessoa em sua jornada ler essa mensagem, pode lamentar a própria sorte, mas não a vida desse herói. Nunca fugiu do compromisso perante seu semelhante. O combate ao medo d’alma, que atinge aos doentes, fracos e desamparados, foi o norte da sua vida. Não experimentou o descanso. Sua alegria era o sorriso de uma criança que ele trazia à vida. Homenagem enternecida do povo de Montenegro Paulista.’”

 
 

 

 
O setor carne–grãos no Centro-Oeste: circuitos produtivos, dinâmicas territoriais e contradições

Júlia Adão Bernardes.et al. (org.)
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Esta coletânea busca trazer contribuições para a compreensão da análise do atual movimento de expansão da agricultura tecnificada e da consolidação do setor carne–grãos do agronegócio no Centro-Oeste brasileiro, uma região cuja centralidade é de fundamental relevância para o país. A obra prioriza um vasto conjunto de conceitos da obra de Milton Santos que orientam a pesquisa de processos agrícolas, tendo o espaço como centro do debate, com ênfase na análise dos circuitos espaciais da produção e dos círculos de cooperação que envolvem os cultivos da soja e do milho, impulsionados pela dinâmica de reprodução do capital, que favoreceram o incremento da cadeia de carnes. Além da análise das dinâmicas territoriais nos estados do Centro-Oeste, traz elementos que apontam as contradições que envolvem a expansão e os processos de territorialização desse setor.

 
 

 

 
O setor carne–grãos no Centro-Oeste: circuitos produtivos, dinâmicas territoriais e contradições (.pdf)

Júlia Adão Bernardes.et al. (org.)
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Esta coletânea busca trazer contribuições para a compreensão da análise do atual movimento de expansão da agricultura tecnificada e da consolidação do setor carne–grãos do agronegócio no Centro-Oeste brasileiro, uma região cuja centralidade é de fundamental relevância para o país. A obra prioriza um vasto conjunto de conceitos da obra de Milton Santos que orientam a pesquisa de processos agrícolas, tendo o espaço como centro do debate, com ênfase na análise dos circuitos espaciais da produção e dos círculos de cooperação que envolvem os cultivos da soja e do milho, impulsionados pela dinâmica de reprodução do capital, que favoreceram o incremento da cadeia de carnes. Além da análise das dinâmicas territoriais nos estados do Centro-Oeste, traz elementos que apontam as contradições que envolvem a expansão e os processos de territorialização desse setor.

 
 

 

 
O sujeito-arquiautor: conflitos do discurso urbano e midiático

Walcler de Lima Mendes Junior.
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Investiga o discurso de hegemonia da indústria cultural e levanta a suspeita aflitiva de que as construções identitárias e a sociabilidade dos indivíduos estariam vulneráveis ao poder persuasivo dessa indústria. De quebra, procura estabelecer uma crítica entre os discursos da indústria cultural e as demais construções discursivas de urbanidade e identidade impactadas pela ação de forças paradigmáticas, de Haussmann a Corbusier. Propõe não só identificar o movimento de metropolização dos costumes e desenvolvimento da comunicação de massa como captar, no problema, pistas e sintomas que permitam suspeitar da existência de algo que escape ao espetáculo, capaz de indicar uma fissura na dominação do discurso hegemônico.

 
 

 

 
Ordens do discurso:
comentários marginais à aula de Michel Foucault

Rosimeri de Oliveira Dias.(org.)
Heliana de Barros Conde Rodrigues.(org.)
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“Que civilização, aparentemente, teria sido mais respeitosa com o discurso que a nossa? Onde teria sido mais e melhor honrado? Onde, aparentemente, teria sido mais radicalmente libertado de suas coerções e universalizado? Ora, parece-me que sob esta aparente veneração do discurso, sob essa aparente logofilia, esconde-se uma espécie de temor. … Há, sem dúvida, em nossa sociedade e, imagino, em todas as outras mas segundo um perfil e facetas diferentes, uma profunda logofobia, uma espécie de temor surdo desses acontecimentos, dessa massa de coisas ditas, do surgir de todos esses enunciados, de tudo que possa haver aí de violento, de descontínuo, de combativo, de desordem, também, e de perigoso, desse grande zumbido incessante e desordenado do discurso.” (Michel Foucault, A ordem do discurso)

 
 

 

 
Os infames da história: pobres, escravos e deficientes no Brasil

Lilia Ferreira Lobo.
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Este livro envereda pela história infame daqueles que, tornados indesejáveis e postos à margem, foram úteis ao controle e à expansão dominantes: os pobres, os doentes, os desvalidos. Em pesquisa de fôlego, a autora traça a história das monstruosidades, em que a concepção das diferenças viaja das maravilhas do mundo dos navegantes dos séculos XV e XVI às produções de uma biologia dos monstros no século XIX e, por extensão, à teratologia social consolidada pela teoria das degenerescências. A análise mapeia as marcas do controle inquisitorial sobre a população da Colônia, um tribunal dos pecados em contraste com o julgamento eugênico de todos os desvios — o ideal do controle do perigo social das procriações.

 
 

 

 
Para além da lógica do mercado: compreendendo e opondo-se ao neoliberalismo

Michael W. Apple.
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Retoma as preocupações e os compromissos do autor com a luta por uma escola de qualidade para todos, sintonizada com a busca de uma sociedade mais democrática e solidária, capaz de participar de uma globalização por baixo, em oposição à globalização por cima, cujos resultados desastrosos penalizam a classe trabalhadora e quem se insurge contra a subalternização da qual é vítima. Michael Apple, professor titular da cátedra John Bascom de currículo e instrução e de estudos de política educacional na Universidade de Wisconsin (Madison, eua), denuncia como tem ocorrido o processo de imposição/expansão do projeto neoliberal que assola o mundo e como ele se manifesta no cotidiano das escolas.

 
 

 

 
Pensar com Foucault

Walter Omar Kohan.(org. e trad.)
Elvira Vigna.(ilustr.)
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Este livro é um convite a entrar na filosofia pelas mãos de Foucault, um dos pensadores contemporâneos mais potentes, diretamente, sem intermediários, sem mediações, frente a frente, pensamento a pensamento, vida a vida, de olhos abertos e dispostos a colocar em questão o que hoje nos parece certo e inquestionável. Pensar com Foucault é uma iniciação, uma tentativa de encontro. A força de Michel Foucault não está apenas em suas ideias, teorias ou conceitos, mas também no estilo de pensamento e de escrita que atravessa os saberes e os modos tradicionais de se relacionar com eles, que explode as disciplinas, as faz repensar e repensar-se a si próprias: filosofia, antropologia, sociologia, história, medicina social, direito, entre tantas outras. Não existe área das ciências humanas e sociais que de alguma forma não se veja direta ou indiretamente afetada pelo pensador e que não possa tirar proveito de suas contribuições. Mas também não se trata apenas disso: no caso de Foucault, o que está em jogo é a própria tarefa do intelectual, seu sentido, a relação entre o campo das ideias e a vida individual e coletiva em que essas ideias se colocam em jogo.

 
 

 

 
Pensar com Heráclito

Walter Omar Kohan.(org. e trad.)
Elvira Vigna.(ilustr.)
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Heráclito é um enigma impossível de decifrar e impossível de não querer decifrar. Ele escreveu apenas um livro, do qual conservamos mais de cem fragmentos, sendo alguns muitos curtos, só palavras soltas. Mesmo assim, a força de seu pensamento é notável. Os fragmentos abordam quase todos os temas: política, religião, ética, estética, antropologia, entre outros. O estilo é tão forte e próprio, que Hegel lhe atribuiu ser o fundador da dialética. É difícil que qualquer ser humano, filósofo ou não, não se sinta tocado pela sua potência e vitalidade. Nada em Heráclito é simples, de uma única forma. O enigma de Heráclito é também o enigma da filosofia, essa tentativa louca de compreender o que somos, onde estamos, para que vivemos. Disso tratam, com singular brilho e força enigmática, estes fragmentos, que nada afirmam ou negam, mas dão sinais de que o leitor, cada leitor, decifra na experiência da leitura.

 
 

 

 
Política e polícia:
Cuidados, controles e penalizações de jovens

Acácio Augusto.
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“A prisão é uma política. Quando se fala de prisão ou de suas implicações, como a tortura, sempre se tem em mente um grande sistema, uma máquina gigantesca cheia de tentáculos. De fato, a prisão é uma máquina de moer carne humana, é um depósito de pessoas-lixo, um triturador de corpos, corações e mentes – um aniquilador de existências. Mas ela começa bem antes; antes, ela existe como princípio moral e prática ordinária, para depois ser um prédio. É nesse sentido que a prisão é uma política. E desta maneira, não se enfrenta o problema das prisões olhando apenas para seus prédios e para as leis que a regulam. [Nas palavras de Foucault] ‘Temos que ouvir o ronco surdo da batalha.’”
Do livro

 
 

 

 
políticas, poéticas e práticas pedagógicas (com minúsculas)

Anelice Ribetto.(org.)
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Um livro de proposta mínima, de “caráter micro”. Não se trata de um livro pequeno em seu sentido qualitativo, nem de pensamentos pouco importantes. A intenção dos autores desta coletânea é depositar o olhar e a atenção de forma grandiosa sobre coisas ditas “pequenas”, que costumam passar de maneira mais despercebida no universo educacional.

 
 

 

 
Por que ler? Perspectivas culturais do ensino da leitura

Tania Dauster.(org.)
Lucelena Ferreira.(org.)
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Discute o ensino da leitura e da escrita, tendo como contexto o curso de pedagogia. Entre outros assuntos, abordam-se: métodos históricos de letramento; o ensino de filosofia e técnicas de argumentação; rodas de leitura; diferenças entre a leitura oral e a silenciosa; a escrita autoral como forma de autodescoberta; o impacto do mangá e sua predominância pictórica na formação de novos leitores; as idiossincrasias da escrita “pessoal” e da “acadêmica”. Examinam-se, como objeto de pesquisa, as formas pelas quais os usuários leem e escrevem no cotidiano, dinâmica fundamental para ensejar uma resposta (entre muitas possíveis) à pergunta que dá nome ao livro: ler para compor a própria biografia.

 
 

 

 
Prova: um momento privilegiado de estudo, não um acerto de contas

Vasco Pedro Moretto.
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Defende que não é a extinção da prova escrita ou oral que melhorará o processo de avaliação da aprendizagem, mas a ressignificação do método numa nova perspectiva pedagógica. Nos oito primeiros capítulos, a fim de auxiliar o professor na condução de uma aula bem-sucedida, são apresentados os pressupostos da vertente construtivista sociointeracionista em relação ao ensino; nos dois finais, abordam-se os fundamentos da mesma perspectiva quanto à avaliação. Para o autor, cuja experiência docente ultrapassa cinco décadas, deve-se tornar o exame do desempenho discente uma oportunidade para o aluno ler, refletir, relacionar, operar mentalmente e demonstrar que dispõe de recursos para decodificar situações complexas.

 
 

 

 
Refabular Esopo

Donaldo Schüler.
Elvira Vigna.(Ilustr.)
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Trata-se de uma nova concepção de fábula, ousada criação do escritor e tradutor Donaldo Schüler. Animais irreverentes conduzem as mais de cem histórias, cujo narrador é um papagaio gaiato, de ética um tanto duvidosa, que leu às escondidas Além do bem e do mal, de Nietzsche. Ainda que se preserve o jogo de afinidades e dissonâncias do modelo fixado por Esopo, aqui se dessacralizam, por meio de uma espécie de carnavalização macunaímica, princípios de moralidade inerentes ao conto fabular convencional. As ilustrações de Elvira Vigna acrescentam humor e harmonia à narrativa, marcada por um tom satírico-político e por coloquialismos de várias regiões brasileiras, além da influência de James Joyce.

 
 

 

 
Reflexões na pandemia: questões sociais, isoladas pela covid-19

Alexandre Werneck.(org.)
Marcella Araujo.(org.)
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Assim que os primeiros efeitos da tragédia sanitária provocada pela pandemia de covid-19 durante um governo negacionista começaram a se tornar conhecidos no Brasil, um grupo de cientistas sociais deu início a uma série de reflexões no site de Dilemas: Revista de Estudos de Conflito e Controle Social, uma publicação do Núcleo de Estudos da Cidadania, Conflito e Violência Urbana (Necvu), associado ao Programa de Pós-Graduação em Sociologia e Antropologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro. A iniciativa ganhou dezenas de adeptos de várias partes do país, a maior parte dos quais sociólogos, antropólogos, cientistas políticos e filósofos, todos imersos no volume de questões posto pela mais importante pandemia dos últimos cem anos, ocorrendo numa conjuntura política nacional marcada pelo negacionismo e pelo desprezo pelas medidas sanitárias recomendadas globalmente pela ciência. O resultado, aqui apresentado como uma seleção de textos entre os mais instigantes e originais, veio a constituir este livro organizado pelos professores Alexandre Werneck e Marcella Araujo.

 
 

 

 
Reinvenções de Foucault

Ana Kiffer.(org.)
Antonio Pele.(org.)
Francisco de Guimaraens.(org.)
Mauricio Rocha.(org.)
Rafael Becker.(org.)
Em 1973, Michel Foucault apresenta no Collège de France o Curso “A sociedade punitiva”, parte do conjunto de análises que servirão de base ao livro Vigiar e Punir, de 1975. As gravações do curso foram perdidas e apenas uma transcrição e o resumo foram conservados. Publicado em dezembro de 2013, o Curso sugere muitas questões aos leitores de Foucault e solicita a reformulação de algumas convicções correntes sobre sua obra. Variações sobre a análise da prisão, continuidades e rupturas em relação a Vigiar e Punir e esclarecimentos (ou novos enigmas) sobre a complexa relação entre Foucault e Marx são alguns dos assuntos que emergem da leitura do Curso. Em 2015, um evento acadêmico na PUC Rio teve como fio condutor a interpretação de ‘‘A sociedade punitiva’’ no horizonte da obra foucaultiana. Os trabalhos apresentados por pesquisadores argentinos e brasileiros são agora compilados e oferecidos ao público no livro Reinvenções de Foucault.

 
 

 

 
Relações étnico‑raciais e marcadores sociais: desigualdades em foco

Diana Ramos de Oliveira.(org.)
Klever Paulo Leal Filpo.(org.)
Debora Breder.(org.)
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Dando continuidade às reflexões empreendidas em um volume anterior, Relações étnico-raciais e marcadores sociais: desigualdades em foco reúne um novo conjunto de pesquisas que, a partir de diferentes campos de saber e horizontes teórico-metodológicos distintos, discutem o modo pelo qual certas diferenças são transcritas, socialmente, em desigualdades e violência simbólica. Apostando no diálogo interdisciplinar, os trabalhos aqui reunidos dão sequência às reflexões sobre discursos e práticas sociais que articulam os marcadores sociais da diferença nas mais diversas arenas.

 
 

 

 
Rio a Oeste: modos de habitar e fazer a cidade

Fábio Alves de Araújo.(org.)
Frank Andrew Davies.(org.)
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No Rio de Janeiro, onde o centro urbano se localiza no extremo leste do município, a porção oeste tem sido representada como alteridade da cidade há séculos; contudo, a expansão para a região, a partir do século XX, repercutiu nas representações sobre uma área que, em termos oficiais, corresponde sozinha a quase metade do território carioca. Conciliando diferentes formas de habitar e fazer a cidade, a Zona Oeste tem mobilizado imaginários diversos a respeito dos seus habitantes e territórios. Além disso, lógicas heterogêneas de ordenamento territorial têm operado sobre a região, desafiando análises que insistem em simplificar a realidade no acionamento da categoria.

 
 

 

 
Rio de sonhos

Maria Valéria Rezende.
Maria Valéria Rezende.(ilus.)
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“Era lua quase cheia, viam-se as miríades de estrelas, que tanto faltaram a Paulo nos últimos três anos passados no Recife, no céu de verão quase completamente despejado, senão pelas poucas nuvens tocadas pelo vento do sertão para irem chover muito longe dali. O cenário e a certeza de que era sua última chance de criar coragem e passar uma noite assim, por uma vez, deram-lhe o empurrãozinho que faltava para a aventura, tantas vezes sonhada e adiada, de enfrentar qualquer assombração para ver o rio adormecer e despertar.”

 
 

 

 
Rio de sonhos (.ePub)

Maria Valéria Rezende.
Maria Valéria Rezende.(ilus.)
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“Era lua quase cheia, viam-se as miríades de estrelas, que tanto faltaram a Paulo nos últimos três anos passados no Recife, no céu de verão quase completamente despejado, senão pelas poucas nuvens tocadas pelo vento do sertão para irem chover muito longe dali. O cenário e a certeza de que era sua última chance de criar coragem e passar uma noite assim, por uma vez, deram-lhe o empurrãozinho que faltava para a aventura, tantas vezes sonhada e adiada, de enfrentar qualquer assombração para ver o rio adormecer e despertar.”

 
 

 

 
Saber sobre os homens, saber sobre as coisas: história e tempo, geografia e espaço, ecologia e natureza

Frederico Guilherme Bandeira de Araujo.
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A crise epistemológica do mundo de hoje traduz-se na necessidade de modos de saber sobre homens e coisas de caracteres distintos dos vigentes — em decorrência, respectivamente, do fracasso das teleologias historicistas dominantes e da crítica aos dogmas da ciência moderna. Este livro é uma reflexão sobre a problemática do conhecimento na sociedade ocidental. Volta-se ao entendimento de como se configura o quadro referencial ora em descrédito, desvelando as categorias história, geografia e ecologia, e suas respectivas ideias-suporte. Com esse intuito, empreende uma leitura acerca de como as questões do devir humano e da natureza são articuladas desde a eclosão da cultura grega originária até a modernidade.

 
 

 

 
Sinais de fumaça na cidade:
uma sociologia da clandestinidade na luta contra a ditadura no Brasil

Henri Acselrad.
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A clandestinidade política na luta contra a ditadura é, com frequência, resumida no ato de escrever e ir queimando as anotações. Nas palavras de um militante, a sensação era de escrever com fumaça: “assim, índio clandestino, enviava meus sinais de fumo”. O presente livro discute como o exercício da política, nas condições do regime de arbítrio, desviou-se para as margens, ao custo de fazer-se através de “sinais de fumaça”. Observando alguns destes sinais, contidos na fumaça a que foi relegada a vida política brasileira durante a ditadura, o autor procura dar a conhecer os impasses da experiência de grupos que mergulharam na vida clandestina. Aguçando a vista para observar o mínimo e o pouco visível na vida social da época, busca en- tender as relações que os militantes estabeleceram, em seu cotidiano, com a sociedade que buscavam então mobilizar.

 
 

 

 
Sobre periferias:
Novos conflitos no Brasil contemporâneo

Neiva Vieira da Cunha.(org.)
Gabriel de Santis Feltran.(org.)
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Os textos reunidos neste livro revelam a elaboração rica de um campo analítico, cuja complexidade se deve ao reconhecimento de que as fronteiras das periferias estão longe de se constituírem por coordenadas somente ou primordialmente espaciais. Afinal, as margens, como muitos trabalhos publicados demonstram, podem ser políticas, religiosas, sociais, administrativas e/ou culturais – sem que se recubram de forma a criar espaços fixos, homogêneos, unificados e submetidos às mesmas clivagens.

 
 

 

 
Territórios do futuro: educação, meio ambiente e ação coletiva

Jean Pierre Leroy.
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Reúne alguns dos mais importantes textos de Jean Pierre Leroy, nome há quatro décadas ligado a questões de meio ambiente e cidadania no Brasil. O livro empreende uma reflexão que alia concepção de vida e ação concreta sobre temas centrais ao presente e ao futuro da vida humana, plasmados na vivência coletiva com grupos e movimentos sociais que têm em sua agenda a superação das relações sociais capitalistas e de todas as formas de exploração e alienação. A força de seu conteúdo está em dizer que outras relações sociais — solidárias, cooperativas e emancipatórias — são viáveis e formam o germe da concretização da utopia de um outro mundo possível. O prefácio é assinado por Marina Silva (PV-AC).

 
 

 

 
Todos pela educação?
Como os empresários estão determinando a política educacional brasileira

Erika Moreira Martins.
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“A participação do empresariado na educação pública do País não é nova. Mais recentemente, no âmbito de uma crítica feroz ao papel do Estado na educação, a escola pública tem se transformado num importante nicho de mercado e num espaço de influência ideológica de diferentes setores conservadores da sociedade. Paralelamente, a educação pública passou a sofrer também um processo silencioso – e às vezes nem tão silencioso – de intervenção do setor privado nas decisões político-educacionais dos diferentes entes governamentais. Travestida de corresponsabilidade social, essa intervenção conta com mecanismos de cooptação da mídia e é amplamente amparada por ela, como mostra este livro.”

 
 

 

 
Trabalho imaterial:
formas de vida e produção de subjetividade

Maurizio Lazzarato.
Antonio Negri.
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A noção de trabalho mudou muito quanto ao modelo de produção industrial fordista. Hoje, tende-se à substituição do “operário-massa” taylorista, asfixiado pelo automatismo indiferenciado de suas ações, pelo “operário social”, fortalecido na subjetividade criativa da condução de seu ofício. Tal é o conceito de trabalho imaterial destrinçado pelos autores. Remontando a Marx e ao movimento operaísta italiano da década de 1970, eles mostram que é cada vez menos expressiva a associação de emprego à estrutura padronizada do chão fabril. Na imaterialidade do trabalho, o tempo liberta-se dos parâmetros rígidos e homogêneos de outrora, assumindo contornos mais fluidos.

 
 

 

 
Trinta anos do Estatuto da Criança e do Adolescente: balanço e perspectivas

Ebe Campinha dos Santos.(org.)
Fábio do Nascimento Simas.(org.)
Rodrigo Silva Lima.(org.)
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“Esta coletânea, como o próprio título indica, faz um balanço histórico‑crítico dos 30 anos de vigência do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), buscando, ao mesmo tempo, apontar perspectivas para os anos vindouros, sem desconhecer os desafios postos pelo golpe parlamentar‑jurídico‑midiático de 2016 e a crise sanitária instalada pela pandemia da Covid‑19. Reunindo textos de um valoroso grupo de professores(as), pesquisadores(as) e militantes na área dos direitos humanos de crianças e adolescentes, o livro traz para o debate diversos temas pertinentes ao Sistema de Garantia de Direitos, incluindo a legislação nacional e internacional, os conselhos de direitos e tutelares, e as políticas públicas.” (Esther Maria de Magalhães Arantes)

 
 

 

 
Triunfos e impasses:
Lina Bo Bardi, Aloisio Magalhães e o design no Brasil

Zoy Anastassakis.
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Discutindo questões formuladas por parte da crítica de design no Brasil, este livro problematiza as relações entre design, modernidade e brasilidade, observando-as a partir das perspectivas de Lina Bo Bardi e Aloisio Magalhães – personagens que, segundo alguns dos críticos contemporâneos, conformariam uma “outra vertente” do design brasileiro, mais comprometida com a ideia de “identidade nacional” e, por isso mesmo, representativa de alguns “sinais de divergência” em meio ao campo do design no país. Orientada por uma “visão cultural mais ampla”, essa “outra vertente” buscaria “assimilar a cultura popular” em “projetos de natureza participativa”, que, ao investirem na “contextualização cultural”, abririam caminho para um “desenvolvimento autônomo”.

 
 

 

 
Uma escrita acadêmica outra:
Ensaios, experiências e invenções

Cristiana Callai.(org.)
Anelice Ribetto.(org.)
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“Se há um fascínio que aprecio no exercício da escrita é essa indefinível atração para transfigurar a vida, expandindo e deslocando fluxos de pensamento, em uma produção existencial e coletiva. Se esses movimentos não desprezam heranças, tidas por muitos como perdidas, eles também não correm atrás de respostas certeiras, capazes de ir matando minutos, horas e dias, por buscarem, principalmente, nas entrepalavras e entrelinhas, o que mais faísca, como perplexidades e perguntas, acendendo a mais importante das artes: a de viver, recriando-nos e recriando a vida em interligações viscerais, sempre efêmeras e incessantes, sempre potentes para nos destruir, sem eliminar a possibilidade de nos propor recomeços. Importa ressaltar que esses intervalos e questões que levantam poeiras e instalam desassossegos e esperanças não se deixam acomodar com equações e respostas silogísticas e tranquilizadoras. Pelo contrário, uma vez postas em movimento, essas interpelações à vida, à linguagem e à educação desconhecem os caminhos de retorno às quietudes de um ponto final e tanto podem subir espiraladas pelo tempo, como se perder nos desertos arenosos da vida, ou, em um momento qualquer, sem maiores anúncios, estourar em reminiscências indagadoras: o que é escrever? Como escrever sem nos deixarmos acimentar pelos padrões da escrita acadêmica? Como potencializar a vida e sua capacidade de diferir e criar enquanto pensamos, conversamos, escrevemos, vivemos?”
(do Prefácio de Célia Linhares)

 
 

 

 
Vida e grafias: narrativas antropológicas entre biografia e etnografia

Suely Kofes.(org.)
Daniela Manica .(org.)
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Esta coletânea pretende explorar a multiplicidade de aspectos que envolvem os modos como a antropologia tem pensado a escrita (grafia), tendo como pontos de convergência a escrita etnográfica e biográfica. A reunião dos diversos artigos e temáticas oferece um panorama instigante para se pensar criticamente a questão biográfica e os pressupostos que a sustentam: a individualidade, o self, o sujeito, o indivíduo, a coerência da vida, os percursos percorridos. Ao propor um conjunto heterogêneo de possibilidades de apreensão narrativa (daí a questão gráfica) sobre a vida, os textos indicam os limites da distinção (muitas vezes conceitual) entre “indivíduo” e “sociedade” e sugerem o potencial de se apropriar da pretensão biográfica para explicitar conexões diversas. Ou seja, os artigos contam como o estilo antropológico de constituir narrativas (a etnografia) através de um enfoque biográfico e de meios distintos, combinados e não dicotômicos (escrita e imagens), permite falar da vida levando-se em conta a sua complexidade e extensão. Isso explica a diversidade de temáticas que compõe a coletânea: música, skate, carreiras artísticas e científicas, processos judiciários, neonazismo, literatura, foto(bio)grafias, cidades e lugares.

 
 

 

 
Zona Oeste revisitada:
memória, patrimônio e identidade

Maria Amália Silva Alves de Oliveira.
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“O Rio de Janeiro é uma das cidades mais famosas do Brasil. Por ser tão citada e reconhecida pela grande imprensa, pela literatura, pelo cinema, acabamos, contraditoriamente, conhecendo pouco para além daquilo que é exibido e consumido nos veículos de comunicação e nos meios de cultura. Essas dinâmicas entre exposição e encobrimento, entre fala e silêncio, entre imagem e sombra fazem com que a cidade seja lida quase sempre no singular. Ela encanta por suas belezas mais conhecidas e reconhecidas. Enquanto isso, outras maravilhas ficam restritas, resguardadas e acessíveis somente aos nativos dos lugares em que se encontram.”

 
 
ルイヴィトンコピー競合関係 (キョウゴウカンケイ):多くの奢侈品ブランドはブランド長袖Tシャツコピー市場で競争していますが、同時に互いに影響を与え合い、競合関係を築いています。たとえば、グッチとプラダは似たような顧客層を対象としていますが、お互いに異なるスタイルやデザインで競い合っています。 ルイヴィトンiphoneケース提携関係 (テイケイカンケイ):一部のブランドは提携やコラボレーションを通じて協力関係を築いています。たとえば、ルイ?ヴィトンとスペシャルティコーヒーブランドが提携し、限定エディションの商品を製造しました。 ルイヴィトンコピー所有権 (シヨユケン):多くの奢侈品ブランドは、大手ファッションコングロマリットによって所有されています。これらのコングロマリットは、複数のブランドを保有し、各ブランドの独自性を保ちながら経済的な利益を追求しています。 ブランドエクスペリエンス (ブランドエクスペリエンス):奢侈品ブランドは、お客様に独自のブランドエクスペリエンスを提供しようと競っています。これには、店舗のデザイン、カスタマーサービス、ファッションショーやイベントへの招待などが含まれます。 ファッション業界の影響力 (ファッションギョウカイノエイキョクリョク):一部のブランドは、ファッション業界において特に大きな影響力を持っており、トレンドの設定やファッション界のリーダーシップを発揮しています。 これらの関係は、奢侈品ブランドの複雑なダイナミクスを表しています。奢侈品業界は常に変化しており、競争と協力が共存しています。 http://www.bende.com グッチ財布コピー www.vicpaynestudio.com ルイヴィトンシャツ https://www.intelligolf.com ルイヴィトンiphoneケース