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Rosimeri de Oliveira Dias
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Professora adjunta do Departamento de Educação e do Mestrado em Educação, Processos Formativos e Desigualdades Sociais da FFP-UERJ, doutora em Psicologia IP-UFRJ. Autora de Deslocamentos na formação de professores (Lamparina, 2011). |
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Uma escrita acadêmica outra: Ensaios, experiências e invenções |
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Cristiana Callai(org.)
Anelice Ribetto(org.)
“Se há um fascínio que aprecio no exercício da escrita é essa indefinível atração para transfigurar a vida, expandindo e deslocando fluxos de pensamento, em uma produção existencial e coletiva. Se esses movimentos não desprezam heranças, tidas por muitos como perdidas, eles também não correm atrás de respostas certeiras, capazes de ir matando minutos, horas e dias, por buscarem, principalmente, nas entrepalavras e entrelinhas, o que mais faísca, como perplexidades e perguntas, acendendo a mais importante das artes: a de viver, recriando-nos e recriando a vida em interligações viscerais, sempre efêmeras e incessantes, sempre potentes para nos destruir, sem eliminar a possibilidade de nos propor recomeços. Importa ressaltar que esses intervalos e questões que levantam poeiras e instalam desassossegos e esperanças não se deixam acomodar com equações e respostas silogísticas e tranquilizadoras. Pelo contrário, uma vez postas em movimento, essas interpelações à vida, à linguagem e à educação desconhecem os caminhos de retorno às quietudes de um ponto final e tanto podem subir espiraladas pelo tempo, como se perder nos desertos arenosos da vida, ou, em um momento qualquer, sem maiores anúncios, estourar em reminiscências indagadoras: o que é escrever? Como escrever sem nos deixarmos acimentar pelos padrões da escrita acadêmica? Como potencializar a vida e sua capacidade de diferir e criar enquanto pensamos, conversamos, escrevemos, vivemos?”
(do Prefácio de Célia Linhares)
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Ordens do discurso: comentários marginais à aula de Michel Foucault |
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Rosimeri de Oliveira Dias(org.)
Heliana de Barros Conde Rodrigues(org.)
“Que civilização, aparentemente, teria sido mais respeitosa com o discurso que a nossa? Onde teria sido mais e melhor honrado? Onde, aparentemente, teria sido mais radicalmente libertado de suas coerções e universalizado? Ora, parece-me que sob esta aparente veneração do discurso, sob essa aparente logofilia, esconde-se uma espécie de temor. … Há, sem dúvida, em nossa sociedade e, imagino, em todas as outras mas segundo um perfil e facetas diferentes, uma profunda logofobia, uma espécie de temor surdo desses acontecimentos, dessa massa de coisas ditas, do surgir de todos esses enunciados, de tudo que possa haver aí de violento, de descontínuo, de combativo, de desordem, também, e de perigoso, desse grande zumbido incessante e desordenado do discurso.”
(Michel Foucault, A ordem do discurso)
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Escritas de si:escutas, cartas e formação inventiva de professores entre universidade e escola básica |
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Rosimeri de Oliveira Dias(org.)
Heliana de Barros Conde Rodrigues(org.)
Este livro é efeito de bons encontros de diferentes professores, pesquisadores e estudantes, e destes com o trabalho ligado à escola básica na luta por agenciar dispositivos que funcionem a favor de mudanças na formação de professores.
Os textos aqui presentes mostram caminhos onde o encontro pode se transformar em acontecimento que privilegia o movimento e a transformação dos modos hegemônicos de existência. Escritas de si por meio dos modos de trabalhar, de constituição de diários de campo, em atos de pesquisar, em corporar, em insistir nas resistências da palavra, em nos enviar cartas, em experienciar correspondências entre nós no contexto escolar, na formação e na aprendizagem. Percursos que engendram buscas e que pretendem a abertura para outros encontros com práticas e sujeitos implicados com formas outras de fazer escola e formação.
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As subjetividades em revolta: institucionalismo francês e novas análises |
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Heliana de Barros Conde Rodrigues
Este livro constrói a história da análise institucional francesa, em suas vertentes socioanalítica (René Lourau, Georges Lapassade) e esquizoanalítica (Gilles Deleuze, Felix Guattari). Diferentemente de outras formas de historicização de tipo positivista, anacronista ou hagiográfico, faz com que o institucionalismo emerja como singularidade em meio aos regimes de verdade, prática e subjetivação que marcaram a intelectualidade francesa no século XX, do pós-guerra ao início da década de 1980. Nesse percurso, configuram-se dois grandes períodos: o primeiro é dimensionado por um eixo horizontal que incita a uma escolha obrigatória entre os mundos do Leste (comunista) e do Oeste (capitalista), estendendo-se de 1944/45 a 1956; o segundo, por um eixo vertical que confronta o Norte (colonizador) ao Sul (colonizado), prolongando-se de 1955/56 a 1968. Esta última lógica abarca uma série de colonialismos externos (entre nações) e internos (entre racionalidades, idades, estatutos, classes, sexualidades, saberes, raças, gêneros etc.), culminando na grande recusa de Maio de 1968, com seus múltiplos efeitos epistemológicos, políticos e ético-estéticos. O institucionalismo francês pode, assim, ser apreendido como resultante da abertura teórico/prático/ética a esta lógica da revolta, a qual marca tanto a socioanálise quanto a esquizoanálise, que se diferenciam, outrossim, pela predominância respectiva do referencial dialético e da filosofia da diferença. As inúmeras camadas de que o presente livro é composto – literárias, artísticas, cinematográficas, partidárias, filosóficas, midiáticas, bélicas, teatrais, científicas, desejantes, profissionais, acadêmico-universitárias etc. – facultam, inclusive, o estabelecimento de uma comparação entre as duas vertentes, em que são analisadas suas contribuições e/ou limitações para a invenção de novas análises – desnaturalizadoras, transversalizantes e micropolíticas. |
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