Ronaldo Helal(org.)
Édison Gastaldo(org.)
Após a Copa do Mundo de 2014, muitas coisas em que acreditávamos deixaram de fazer sentido. Por exemplo, a “tragédia” de 1950, nosso grande mito fundador como “país do futebol” (um jogo do qual somente os mais velhos têm registros na memória), perdeu boa parte de seu potencial dramático quando comparada com a humilhante derrota por 7 × 1, a que assistimos incrédulos em 2014, ao vivo e em cores. A “mística da camisa amarela”, nossa crença em que “com brasileiro não há quem possa” e no destino manifesto de glórias reservado ao futebol do Brasil, passou a parecer infantilidade, pensamento mágico, ingenuidade. Naquele jogo, algo se quebrou para sempre.
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